Flores Para Uma Rosa

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

     Assim, defino o titulo desta crônica mensagem, flores para uma rosa, o coração pediu e a mente determinou.
     Um dia em minha vida, há muitos anos passados encontrei uma jovem, que mais parecia um pequeno botão de flor no meio a uma imensidão de rosas.
     Ainda muito jovem, com pinta de galã e metido a conquistador, resolvi namorar aquela criatura singela.
     Fui correspondido de imediato, senti em minha alma que aquela donzela seria minha companheira de jornada durante nossa passagem terrena.
     Tínhamos como todo mundo algumas dificuldades, como por exemplo: falta de experiência na vida, pequenos salários e outras pequenas bobagens. Assim mesmo, namoramos durante algum tempo, não muito longo, e resolvemos passar por cima do noivado e nos casamos.
     Estava concretizado o que Deus determinou, pois a união foi planejada lá no alto, ainda no plano espiritual.
     Nosso jardim, que tinha inicialmente apenas um espinho e um botão de flor, foi regado e cultivado com muito amor, sendo hoje, representado por nossos seis filhos e por nossos doze netos, sendo tu, Luzia, neste ramalhete de lindas flores, a minha querida rosa flor.
     Completamos hoje, quarenta e três anos, não de idade, mas de um matrimonio feliz que Deus deu a sua benção, na terra e na eternidade.
     Te amo Luzia, hoje, agora e sempre, és para mim aquele botão de flor que Deus me deu de presente e em rosa se transformou.
Alagoa Grande, 10 de dezembro de 2002.

Antonio Alves C.Filho
(Tareco)

Meu Corpo!

Meu corpo, guarda-roupa de minhas falhas,
Veiculo certo, de minhas jornadas,
Abrigo de amor,que envolve e se espalha
Iluminando a mente, em vidas passadas.

Meu corpo, santuário que agasalha
Meu espírito, viajante de jornadas
Múltiplas, transformadas em mortalhas
No percurso de tantas caminhadas.

Quando meu corpo transmigrar na milenar
Metamorfose, meu espírito voltará
Reencarnado, num corpo novo, exemplar.

Assim, no final de tanto caminhar,
Descansa o corpo, e o espírito passará
Ao etéreo, purificando-se pra voltar.

Antonio Alves C. Filho
(Tareco)

Hoje

Hoje! Mais um dia sem poder te ver...
Nem sentir também o calor do beijo teu,
Beijo a foto que alimenta o meu viver
Na lembrança do amor que você me deu!

A tua falta agora só me faz sofrer...
Aumentando a minha dor no peito meu!
Querendo partir para encontrar você
Na certeza que você não me esqueceu.

Hoje! Sinto ainda a falta do teu calor...
Que aquecia por completo a minha alma!
Enchendo o meu ser de alegria de tanto amor!

Hoje! A minha vida é uma grande dor!
Que as lágrimas derramadas me acalma...
Nas orações que faço em teu louvor.

(In memorian de minha amada Luzia, falecida em 25 de março de 2010.)

Antonio Alves C. Filho
(Tareco)

As Bocas

Esta boca quente, tão sedenta de amor!
É a mesma boca que fala, e que maltrata...
Que blasfema, que grita, quando sente a dor,
Boca que beija! Boca que ama, boca sensata...

Boca suja! Boca mole e fria! Que horror!!!
Boca muda que não fala, boca ingrata...
Não sabe beijar, boca quente, só tem calor,
Boca grande! Boca pequena e boca chata...

Boca rica! Boca pobre e bocas doentes!
Boca sadia! Boca triste e bocas puras!
São todas as bocas! Todas bocas carentes.

Boca que chora,e faz uma prece ardente!
É a boca santa que eleva as alturas
A oração purificando a boca da gente.

Antonio Alves C. Filho
(Tareco)

O Bem-Te-Vi

domingo, 2 de janeiro de 2011

O bem-te-vi canta sua triste vida
Enquanto eu na vida triste não sei cantar!
Só lembro a tristeza de uma partida...
Que ficou na lágrima triste do meu olhar.

O bem-te-vi canta sua triste vida
Eu nem canto triste para me alegrar!
Triste vida é murmúrio na dor sofrida...
No coração triste que só me faz chorar.

Triste vida! É assim que o bem-te-vi canta
E a minha vida triste continua triste!
Triste vida canta, sem minha Luzia Santa.

A vida triste do bem-te-vi encanta!
A triste vida, da vida que só existe
Na vida triste, sem minha Luzia Santa.

(In memorian da minha querida Luzia, falecida em 25/03/09)

Antonio Alves C. Filho
(Tareco) 

A Vida

A vida caminha, na sua rotina
Monótona, segue a mesma estrada
Não importa o sofrer, o sol ou a neblina,
Caminha ao ponto final da jornada.

Trilhando o seu caminho, amargura
A vida caminha, leva sua ruína
Consigo, desta vida transtornada,
E pede a Deus, a sua benção divina.

A vida vai assim, cumprindo sua sorte
Triste, missão pesada desta vida,
Almejando nos céus um bom dote.

Por que tremes agora? Sejas forte,
E a vida já cansada, cai abatida,
Chegando ao fim do seu caminho, a “morte”.

Antonio Alves C. Filho
(Tareco) 

Sobrenatural!!!

Alta noite, as doze badaladas
Já batiam no sino da capela,
Eu andava pelas ruas da favela
Quando de repente...ouvi gargalhadas.

Estaquei! Surpreso sobre a janela
De uma casa, ouvi outras risadas
Sobrenaturais, desesperadas
Vozes pediam uma vela, uma vela.

De repente! Surge uma voz conhecida,
Oh! Era fantástico, era impossível
Que aquela voz...fosse tão parecida

Com a minha, talvez já falecida,
Era real, embora inacreditável,
Minha alma já partira desta vida.

Antonio Alves C. Filho
(Tareco)

Venha Para o Nosso Mundo

"Um poema?
Apenas um, nem tão mal escrito, nem tão bem escrito...
Um poema que alivie a alma apenas. Um poema simples.
Um poema que possa até ser de uma palavra.
Um poema que sacie, um poema que lave com seus sais todo o mal...
Mas espere: O que é o mundo sem o mal? o que é o bem sem o mal?
O que é o poeta sem rebeldia?" (trecho de MERECE UM POEMA, Luanna Alves)


Como valiosa são as palavras para quem trabalha com elas, utilizandos muitas vezes como uma forma de expressão. Falar de palavras para um poeta é falar também de como ele as utiliza para tocar outras almas, de como elas fazem parte de seu universo fantastico e imaginário onde tudo é possível, onde o poder do pensamento (ilimitado) é capaz de nos fazer voar e sonhar ainda que algumas vezes a vida real lhe exija tanta praticidade que lhe impeça de fazer isso.

O poeta precisa das palavras como precisa do ar que respira. Sua alma adoece quando elas lhe são distantes. Precisa de palavras, de poesias para encantar seu mundo, tornar-lo mais afável e singelo.
O poeta precisa além disso, de comunicar o quanto é belo o mundo que podemos construir e quanto a imaginação pode fazer milagres, descongelando almas frias. É fantastico para ele vê que conseguiu atingir alguém atráves do que escreve, de vê que a comunicação ocorreu: Ah, isso lhe dá uma sensação de dever cumprido.

Vendo a necessidade de espalhar o amor, a imaginação, a poesia e tudo que as almas poéticas necessitam para viver é que criam-se blogs como esses.

Então, bem vindo ao nosso mundo, somos todos poetas a serem libertos pela imaginação!

Por Luanna Alves de Oliveira

 
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